terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

18º- Oficina Dia: 05.10.2012 Local: CDRH

Em nosso 18º- encontro tivemos momentos para revelar o conhecimento de mundo que possuímos a respeito do assunto Arte – formas e funções -  e isto aconteceu, primordialmente, porque a TP 2, unidade 7, traz à discussão tal tema.
Antes de adentrarmos neste campo valiosíssimo, fizemos a leitura e socialização de dois textos: Cheiro de Segundas-Feiras, de Lourenço Diaféria e Miracolo, de Fernando Caiuby. O último foi propício para pensarmos se a escola, em toda a sua estrutura e formação atual, mudou no decorrer dos tempos – pouco ou muito - ou estacionou. Neste olhar nos inserimos e nos refletimos, pois fazemos parte de tal processo.
Após tal momento, as professoras cursistas puderam dizer se possuíam conhecimento, ainda que bem superficial, da reprodução de algumas obras de Artes que eu havia deixado sobre a cadeira de cada uma. Foi interessante notar que a maioria nunca tinha se deparado com tais obras, desconheciam-nas por completo, não reconheciam as que pegaram e nem as das colegas, todas eram  alheias ao universo cultural das mesmas.
Conversamos um pouco e posteriormente levei-as próximas a uma mesa repleta de livros, revistas, encartes, reproduções de obras de arte. Diante de todo o material ali exposto, todas deveriam olhar, mexer, escolher, comentar e por fim escolher a que mais lhes agradavam ou causou-lhes espanto, estranheza. Deveriam também falar se já as conheciam, se faziam parte do repertório cultural que possuíam e, principalmente, porque as haviam escolhido.
Para minha surpresa, nem todas as professoras escolheram, enquanto outras optaram por mais de uma, mas o que mais chamou a atenção foi o desconhecimento, provando que não havia conhecimento prévio acerca de tais obras, mesmo que quem as analisava eram professoras que estão trabalhando.
Diante de tal constatação discutimos também o fato de que se não possuíam tais conhecimentos, ainda que fossem professoras formadas em Letras e de que na Literatura vemos laços estreitíssimos com todas as formas de Artes, sem esquecer que ela também é uma manifestação artística, não faziam ligações, e não as tendo, também não mostravam, revelavam aos alunos, tornando então um ciclo de desconhecimento.
Todas perceberam que esta ausência de saber dificultava as interligações entre as áreas de conhecimento: Língua Portuguesa, Artes, e História. Até a intertextualidade fica prejudicada neste caso.
Depois de toda esta constatação, as professoras cursistas perceberam que precisavam se informar mais, apreciar mais as diversas manifestações artísticas, fazer as interligações necessárias quando estiverem trabalhando uma atividade ou conteúdo que aborde alguma forma artística, enriquecendo assim mais as aulas, além de fazer de forma natural a interdisciplinaridade.
Sem ter tal repertório torna-se difícil até para o professor ter material em mãos, montá-lo, ir a busca, pois poderá passar por eles e não os reconhecer.
Depois de todo este caminhar, adentramos na unidade 8 de forma bem natural, pois é a nossa área dentro das Artes – a Literatura e seus diversos recursos poéticos -. Desta forma fizemos um gancho e conversamos sobre as figuras de linguagem. Como o conteúdo não nos é estranho e desconhecido, apenas realizamos um bate papo bem natural. Com relação ao conteúdo da TP pontuamos alguns trechos, visto não termos dificuldades diante dele. Enfatizamos apenas a questão do quanto todos os recursos literários enriquecem os textos literários em quaisquer gêneros e da importância de levarmos os alunos a descobrirem tal verdade, valorizá-los, identificá-los e também produzi-los.
Como estávamos em época do desabrochar das flores, entreguei às professoras cursistas uma mini-rosa para que assim como as flores conseguissem mostrar toda beleza, poder, encantamento, mesmo em meio a qualquer adversidade que surgisse nas salas de aula, no executar da profissão, no dia-a-dia dentro da Educação.
Para recebê-las, neste dia montei um mural apenas com figuras de flores fazendo uma analogia com o intuito de ele representar a diversidade e ainda assim esplendor de toda manifestação artística, do quanto elas enriquecem, embelezam, encantam nossa vida e saber, do quanto através delas podemos interrelacionar saberes, complementando-os, ampliando-os.             

    

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