sexta-feira, 29 de julho de 2011

12º Oficina Data: 06.07.2011 Local: CDRH

Na 12º- oficina detemo-nos inicialmente na leitura e discussão sobre o texto A arte de produzir fome, de Rubem Alves. Através dele constatamos o que já sabemos e o que, acredito, que todo professor busca: despertar no alunado a fome pelo saber, construir, transformar e colocar a máquina de pensar para funcionar.
O cronista foi excelente ao criá-lo, pois metaforicamente, retratou bem os anseios do professor diante da inércia de alguns alunos, e também quando a inércia é resultado de práticas pouco ou nada criativas que despertam nos alunos uma apatia diante da comida- conhecimento- e não uma vontade louca de devorar tudo que está à frente dos olhos.
Após tal momento, fizemos o estudo da TP 5, unidades 17 e 18; os conteúdos abordados nas unidades em questão são nossos conhecidos íntimos, sendo assim a discussão sobre eles foi bem produtiva, além de ágil. Para dinamizar mais a discussão sobre os conteúdos, dei-lhes dicas de como trabalhar com aos alunos de uma forma mais criativa e dinâmica.
Posteriormente fiz com as professoras cursistas a leitura do livro Zoom; foi um momento muito bom, pois elas além de se colocaram na posição de aluno, viram que diante da coerência os saberes, a contextualização, a situação sociocomunicativa, o conhecimento de mundo que cada um traz em si são mais fundamentais a serem desenvolvidos nos alunos do que apenas levá-los a conceituá-la.
Nesta oficina compareceram menos cursistas ainda, principalmente porque estávamos na última semana de aula nas escolas e em pleno fechamento de notas, diários e, em especial, conselhos de classe.
Como não há muitas quartas-feiras disponíveis durante o ano pra remarcar datas, fiz a oficina mesmo sabendo que poderia acontecer o que de fato ocorreu. Então, pedi –através de e-mail - às professoras que não puderam comparecer que trouxessem no próximo encontro uma declaração assinada pelo diretor e coordenador responsável a fim de formalizar a ausência na última oficina do semestre.

11º Oficina Data: 29.06.2011 Local: CDRH


Na 11º- oficina não entreguei material extra para as professoras cursistas, pois tínhamos muito trabalho a fazer.
Havia pedido na oficina anterior que fizessem um memorial de leitura, então as que realizaram relataram oralmente as memórias para as presentes; foi um momento muito bom, pois tivemos a oportunidade de entrelaçarmos com as lembranças alheias as nossas, além de ser momento de constatarmos o quanto a família, a igreja, a escola, os professores antigos e os amigos influenciaram nossa vida de leitura e escrita. 
Foi maravilhoso ouvir a Aulenita nos contar o quanto o pai os incentivava sendo ainda uma pessoa tão simples e humilde; a professora que adorava um livro que tinha, mas que alguém o destruiu; a Edimery que não teve a presença tão marcante do pai no período da infância por ser ele político e muito atarefado, mas que hoje o vê fazendo o papel tão necessário com a neta; a Sílvia que hoje da aulas na mesma escola em que estudou e que teve até a oportunidade de trabalhar com a antiga professora que outrora lhe deu aula. E assim sucederam-se muitos relatos emocionantes e recheados de vida, de palavras, de livros, de sonhos e pés no caminho para concretizá-los.    
Posteriormente entreguei todos os projetos que havia analisado para as devidas donas, comentei o que precisava ser alterado, fiz algumas considerações e abri a oportunidade de me procurarem individualmente na Semed para poder orientá-las individualmente.
Adotei procedimento semelhante como os relatos reflexivos de prática acompanhado das atividades dos alunos, sendo assim aproveitei o momento e propus às professoras que  os haviam entregue que fizessem a socialização oral das atividades propostas nas salas de aula para nós.
Foi bem valioso o momento, principalmente, porque deu às professoras que não aplicaram as atividades uma visão mais ampliada e criativa de como fazê-la.
Abro um espaço aqui para registrar, e com muito orgulho, o fato de muitas professoras estarem se destacado na aplicação dos avançando na prática em sala de aula e produzindo, juntamente com os alunos, resultados excelentes.
Sempre que analiso os relatos e as atividades dos alunos e faço as devolutivas, aproveito o momento para relembrá-las do futuro portifólio, assim aos poucos vão adequando, arrumando-as para que ele fique bem organizado e apresentável. Uso o meu, quando fiz como professora cursista em 2009, para dar-lhes como exemplo do que ficou bom, mas principalmente do que poderia ter sido melhor.    
Ao fazer a devolutiva dos avançando, tenho tentado deixar um bilhete para cada professora, sempre destacando em primeira mão todos os pontos positivos tanto da execução, dos resultados como do relato reflexivo de prática, e outro aos alunos que se destacaram em algum ponto da atividade.
Neste dia foram poucas professoras, acredito que em virtude do frio que se acentuava e da chuva, então não foram muitas as que tiveram a oportunidade de acompanhar os relatos orais, os memoriais, as orientações e outras pautas da oficina. Mesmo assim foi momento de crescimento.

Na 10º- oficina, entreguei às professoras um material bem amplo constando vários textos não verbais e outros multimodais, dando-lhes a oportunidade de diversificar o material  para futuras produções textuais com os alunos, com o material em mãos aproveitamos para conversar sobre as propostas presentes e a necessidade de despertar nos alunos habilidades de ver, despertar, reconhecer e/ou valorizar elementos implícitos. Entre os diversos gêneros havia cartum, tira e charge.
           Como havíamos trabalhado TP com tema Cidade, dei-lhes também uma folha constando poemas sobre o tema citado, retirei-os da internet, todos são de autores (pra mim) desconhecidos, mas bem valorosos e que retratam as cidadezinhas próximas a Dourados e até semelhantes as que algumas professoras lecionam. Assim, dei às professoras outra opção para um avançando na prática que fazia uso do poema Cidadezinha Qualquer , de Drummond.      
           Tivemos a oportunidade de analisar uma carta-argumentativa de Moacyr Scliar, nelas as partes (introdução, desenvolvimento e conclusão) são bem delimitadas, sendo assim  ótima opção pra trabalhar com os alunos. O trabalho e escolha do texto foi, em especial, porque há uma professora cursista com o projeto carta, além disto o tema abordado no texto é riquíssimo e representa muito a realidade econômica dos alunos com quem trabalhamos, além de outros assuntos que podem ser abordados.
Trabalhamos outros textos: Em código, de Fernando Sabino - a escolha por este foi pelo fato de possibilitar a discussão sobre situações em que usuários da mesma língua não se entendem, além de trazer uma situação sociocomunicativa bem criativa e proposital.
Outro foi Relato de professor, de Patrick Wajnberg- este é muito bom e “casou-se” muito bem com a unidade 15, seção 1, da TP 4, pois possibilita repensarmos sobre as elaborações de instrumentos avaliativos, enunciados de avaliações/exercícios, de qual deve ser a postura do professor diante destas atividades, além, de se mostrar flexível quando perceber que não foi sábio em algumas elaborações e nunca intransigente. Com o intuito de ampliar ainda mais o conhecimento das professoras  a respeito do assunto deixei como opção o nome do livro PROVA um momento privilegiado de estudo não um acerto de contas, de Vasco Pedro Moretto.
A obra é extremamente pertinente com a unidade, ele oportuniza grandes momentos de reflexão e tomadas de novas posturas, entre outros pontos da a oportunidade do professor rever os instrumentos avaliativos nem sempre bem construídos e que acabam por permitir respostas vindas dos alunos nem sempre “desejadas”. Não tivemos oportunidade de lê-lo por completo, mas lancei a curiosidade sobre o mesmo.
Além de todos estes textos entreguei-lhes também vários textos que circularam na  Semed ( dois sobre o dia 18 de maio Dia nacional de Combate ao abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes Esquecer é permitir, lembrar é Combater),  e outros que recolhi em lojas( Riachuelo, Marisa) com o objetivo de observarmos  tanto a parte escrita quanto a não verbal. 
A conversa que tivemos refletindo sobre os textos foi produtiva e bem ampla, destacamos as cores  e os jogos destas, a posição das palavras e desenhos, a formatação, o texto, as chamadas, as mensagens, os objetivos, os possíveis leitores, as situações de produção, fora as mensagens explícitas e as implícitas entre outros pontos.
Após todos estes momentos fiz seis grupos, cada um ficou responsável por desenvolver atividades com relação à seção de estudo e com a responsabilidade da apresentação final. Entretanto, tal momento não ocorreu, pois como algumas professoras chegaram atrasadas, o tempo se esvaiu rapidamente. Ficamos com o dever de apresentar o resultado no próximo encontro logo no início. 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

9º Oficina Data: 01.06.2011 Local: CDRH

Na 9ª oficina a leitura inicial feita foi do texto Equipamento Escolar, de Carlos Drummond de Andrade, através dele percebemos quantas transformações ocorreram na Educação, na escola, com os alunos e até com os materiais escolares com o passar dos anos, além de constatar a questão do consumismo, pois os filhos/alunos a cada novo início de ano letivo exigem dos pais materiais escolares cada vez mais modernos, como se sem fosse impossível estudar. Entretanto, nota-se o contrário, pois  em alguns casos mesmo tendo materiais de última geral à disposição, a vontade de estudar, dedicar-se de fato, deixa a desejar.
A TP em questão traz muitas discussões sobre leitura, letramento, escrita, produção, letramento; diante disto entreguei às professoras uma folha contendo várias frases de célebres escritores sobre leitura, então pedi que escolhessem uma, fizessem a leitura da mesma para o grupo e explicassem o porquê da escolha. Através da apresentação conversamos sobre o poder, função, benefício que a leitura propõe a quem a busca.
Para trabalharmos a T4 – Unidade 13 e 14, dividi a turma em 6 grupos, cada um para determinada seção. Juntas fizeram a leitura e discussão sobre o conteúdo, mas relacionando-o com o filme Narradores de Javé. Para finalizar, houve a apresentação oral e em forma de cartaz para todas as professoras.
Buscando relacionar o filme aos conteúdos, entreguei a todas um registro com algumas falas do filme que chamam mais a atenção, assim puderam relembrá-lo e fazer melhor a atividade.
Através da atividade refletimos sobre a alfabetização, também sobre o letramento e os diversos níveis, conhecimento prévio do aluno, objetivos de leitura entre outros.
Seguem algumas fotos que mostram como ficaram os trabalhos exposto sobre os conteúdos. Posteriormente, através deles, percebi e destaquei o quanto as professoras já evoluíram na confecção de cartazes, o quanto o cuidado, a organização e planejamento é importante ao colocar o texto em qualquer suporte, em especial no papel, além disto frisei também a necessidade das professoras terem o olhar de trabalhar e despertar nos alunados a mesma consciência e saber.















Observação que não poderia deixar de fazer é de que minhas professoras são tão especiais que até preparam-se antes das apresentações orais, pois retocam o blush, rímel, lápis e batom. Vejam só o pique das meninas, em especial da Síliva e Eliane.
         Em seguida, seguem registros das apresentações.













segunda-feira, 13 de junho de 2011

8º- oficina Data: 25.05.2011 Tema: Narradores de Javé Local: CDRH

Abrimos nossa manhã de trabalho refletindo nas linhas traçadas do texto Para bem educar, de Pedro Lucyk . Através deste pudemos pensar sobre a importância de existir e de desenvolver dia-a-dia entre as pessoas a afetividade, o relacionamento, a linguagem, a competência, a  capacidade de discussão, a humildade, a afetividade e as qualidades que cada ser traz em si. Tudo isto não seria diferente com nossos alunos.
Vimos que a cada dia precisamos mais e mais - muitas vezes sem tempo - desenvolver mais intensamente o relacionamento estreito e a afetividade com eles, pois por estes caminhos a vontade de aprender e de se interessar pelo que propomos, também se intensificará.
Outro texto que lemos foi o Fogo do Educador, de Madalena Freire, como o próprio nome diz o texto nos levou a pensador no "fogo", no desejo, na ardência que precisamos manter sempre acesso nos corações e nas mentes dos discentes, mas de uma forma sábia, consciente e direcionada com os propósitos e objetivos relacionados.
Levei para as professoras cursistas o texto Oque você faria..., de Liliana e Michele Iacocca e deixei como proposta de atividade a ser realizada com os alunos. Através do texto, eles poderiam desenvolver a escrita, a leitura, mas mais especificadamente o poder da argumentação ( sequência tipológica).
Em seguida, assistimos ao filme Narradores de Javé que deveria ter acontecido na oficina anterior, mas mudei a ordem.
Não fizemos a socialização, pois o tempo era pouco. Deixamos para fazê-la posteriormente.
Mesmo assim, pelos risos constantes e pela fisionomia descontraída e relaxada deu para perceber que todas se deleitaram com a riqueza, fora outros adjetivos, do filme.






segunda-feira, 30 de maio de 2011

7º- Oficina Temática: inter-relação entre gêneros Data: 11.05.2011 Cidade: Dourados Local: CDRH

Onde está o rato?

Começamos nossos trabalhos nesta manhã fazendo a pergunta que se encontrava em uma atividade que poderia ser aplicada com os alunos. Através dela percebemos o quanto nosso foco geralmente centraliza-se em limites, não expande, não olha ao redor, o todo.
Com este olhar, fizemos uma analogia com os textos multimodais e até com os escritos, pois inúmeras são as vezes que limitamos as interpretações que fazemos dos mesmos.
Logo após, partimos para a leitura de dois textos que nos serviram de reflexão: um sem título e autor e outro sendo apenas um trecho extraído do livro Conversas sobre Educação, de Rubem Alves.
Através do texto de Rubem Alves, pensamos sobre o poder dos sonhos e da inteligência na Educação quando se deseja formar um povo, em especial do quanto os dois elementos são importantes em nossa caminhada, seja enquanto professor e/ou enquanto aluno.
O outro texto nos possibilitou reflexões sobre o fato de termos escolhido trabalhar com a Educação e de que nesta profissão precisamos não apenas informar milhares de "conhecimentos" aos alunos, mas mais ainda formá-los tanto para o universo do saber quanto para todas as demais áreas da vida.
Seguindo nesta linha de pensamento, abri espaço para cada professora relatar como foi a escolha em trabalhar na área da Educação e que nos contassem  o porque dela, quem a influenciou e em especial a pergunta mais direcionada: por que fez o curso de Letras?.
É sempre interessante ouvir histórias que em algum novo parágrafo se entrelaça como o nosso, se relacionam de tal forma que até parecem ser nossa. Foi esta a conclusão que fiz ao ouvir as professoras fazerem um retrospecto sobre a profissão em que estão trabalhando.
Surgiram inúmeros motivos: a família de professores exerceu forte influência na escolha, algumas queriam um emprego melhor e que tivessem menos serviço - perceberam com o pé na sala de aula que isto é uma falsa ideia-,falta de oportunidade de fazer outro curso universitário, oportunidade de ir pra outra cidade para estudar e festar, ter um curso superior independente de qual fosse, um sonho desde criança, o fato de gostar muito de ler e escrever desde muito nova, fora muitas outras histórias.
Entretanto, sejam por quais caminhos chegaram até a Educação, o que todas demostraram nas diversas falas é a de que depois que começaram ou a fazer o curso universitário ou de iniciar o ofício em sala de aula,  conseguiram se apaixonar pelo que fazem.
Logicamente que veem todas as dificuldades latentes em sala de aula, todavia têm se empenhado dia-a-dia, a cada nova etapa procuram ser mais responsáveis, ainda que tenham chegado até os portões da escola por caminhos não tão desejados ou como dizem muito "por caminhos tortos".
É justamente sobre isto que o texto vem nos fazer pensar: o quanto somos responsáveis quando passamos a trabalhar com a Educação.
Como não havíamos trabalhado na oficina anterior os conceitos de intertextualidade, transposição de gênero, retextualização e intergenericidade o fizemos neste encontro, fora outros elementos constantes na Unidade 12.
Foi um momento muito produtivo, em especial, sobre intertextualidade.
Para reforçar o que a TP traz sobre o conteúdo, entreguei às professoras mais duas opostilas, uma que retirei da internet e outra do material do Anglo ( 2002), que julgo de fácil compreensão e com uma linguagem adequada até para ser trabalhada com os alunos, visto que os livros didáticos tratam muito pouco sobre a questão, quando tratam, são bem superficiais.
Para praticarmos um pouco sobre intertextualidade e refletirmos o quanto é inerente ao conteúdo nosso vasto conhecimento de mundo, entreguei-lhes várias propagandas com intertextualidade e pedi para que as localizassem, fizessem a ligação e oralmente apresentassem à turma as descobertas.
A atividade foi bem propícia, pois as próprias professoras puderam perceber o quanto precisam apurar o olhar para reconhecê-las em um texto, além de relacioná-las com o texto/obra primária. Sendo assim, conseguiram avaliar também o quanto tal atividade ao aluno se torna difícil, visto que ele tem menos conhecimentos ainda.
      




























Lemos também o texto Chapeuzinho vermelho de raiva, de Mário Prata, através dele comentamos os conteúdos abordados na TP, além da criatividade, modernidade presente (ora atrasada se analisarmos os dias de hoje), preservação do meio ambiente, variação linguística temporal, o consumo de produtos industrializados, fora outras questões que podem ser desenvolvidas.