quarta-feira, 20 de abril de 2011

5º- Oficina Temática: oficina livre - projeto- Data: 13.04.2011 Cidade:Dourados Local: CDRH

Tudo serve nas mãos criativas, no bico da caneta do trabalhador da palavra


Cada oficina é uma caixinha de surpresa!!! Nesta não poderia  ter sido diferente.
Em primeira mão mudamos o horário de início, com o objetivo de iniciar mais cedo e fazer as professoras pularem mais cedo da cama e/ou se adiantarem, visto que muitas dão aula à tarde ou vêm de Douradina e Indápolis, neste percurso já vai-se o tempo, ainda mais se terminamos as 11h30mim.
Para  começar a labuta, lemos  e dicutimos a mensagem do texto " Quando eu era um calouro da escola, vi um garoto..." -  texto sem título e autor-.
Por incrível que pareça, tal texto e o que lemos na 4º- oficina, infelizmente, serviu-nos para conversarmos, pensarmos sobre a tragédia acontecida em Realengo, além de falarmos sobre o bulling e as inúmeras situações - não tão drásticas e limítofres iguais a do Rio- mas significativas e carecedoras de ajuda e atitudes urgentes.
Em primeira mão estas ajudas devem partir de políticas públicas para que de fato vejam a verdadeira realidade em que estão submersas as escolas públicas do Brasil, de leis mais reais, de governantes das três esferas que se comprometam de fato com a Educação e não apenas com falatórios e promessas de palanques e na sequência de atitudes de gestores escolares, professores, coordenadores e demais funcionários das escolas que cooperem nesta luta de todo dia contra todo tipo de violência.
É sempre triste falarmos de feridas que de uma forma ou outra também são de todos que trabalham na Educação: o fato no Rio é isto: ferida que por ora será sarada, mas também que permanecerá aberta e que iremos apenas curando e que dificilmente se fechará se tudo continuar como está nas escolas. Deus queira que não.
Posto isto, entreguei às professoras um texto sobre os passos do projeto, visto que já a partir de então deverão pensar em um tema, elaborá-lo e pô-lo em execução. No momento não surgiram dúvidas quanto a feitura do mesmo, mas sim algumas com relação ao tema a ser abordado.
Dei como sugestão conversarem com a coordenação da escola para que as auxiliem no necessário e, em especial com o professor de Matemática - caso esteja no Gestar da disciplina- para fazerem juntos, criando a interdisciplinaridade.
Além de tal observação propus que analisassem o livro didático, a ementa curricular do ano em que estão aplicando o Gestar, além da ementa do Programa para que fizessem uma ligação e trabalhassem algo que estivesse relacionado com tudo isto com o objetivo de agrupar as atividades.
Neste momento, a maior parte das cursistas já havia chegado, então recolhi os Avançando na Prática e os relatórios, entretanto poucas estavam com ambos em mãos. Muitas tinham feito apenas as atividades, mas não trouxeram os relatos, outras não aplicaram ainda o Avançando.
Diante do quadro, dei-lhes um "puxão de orelha", pois na data de  02.03.11 quando lhes pedi que lessem a TP3 Unidade 9 e 10 disse-lhes que assim que as estudássemos, deveriam aplicar o Avançando, entretanto se perderam um pouco no caminho, mas creio - muitíssimo- que com relação a próxima atividade, estarão mais antenadas.
Diante desta situação não fiz a socialização das experiências com relação a aplicação dos Avançando na Prática, farei em nosso próximo encontro.
Ressaltei que quanto mais se atrasarem com os Avançando e os relatórios, mais se sentirão sufocadas, pois se amontoarão as atividades do Gestar com todas as de todo dia de uma sala de aula ( provas, diários, projetos, planejamentos etc).
Na oficina anterior não deu tempo de falarmos sobre os gêneros literários ( poesia, cordel) e os não-literários, então aproveitamos após o lanche o momento para trabalharmos tal questão.
Como queria enfatizar quais os temas que servem para poesia e para todos os textos literários em contra-ponto com os não literários, nos deleitamos com as poesias:
. Flashes de Poesia, de Mariloinda Rosa Romera Ferraz ( professora da Semed de Dourados, integrante do Departamento de Ensino - minha ajudadora-);
. Matéria de poesia, de Manoel de Barros;
. Convite, de José Paulo Paes;
. Tem tudo a ver, de Elias José e
. Duas dúzias de coisinhas à-toa que deixam a gente feliz, de Otávio Roth.
Após conversarmos sobre o assunto e para concretizar ainda mais a questão, as professoras puderam então, diante de uma mesa preparada com vários objetos pertencentes ao nosso dia-a-dia, escolher dentre os vários o que para elas serviam para poesia e também os que traziam estranhamento e que não usariam em um texto literário, em especial em um poema.
Vejam!













Para diferenciar ainda mais a dinâmica de trabalho, fiz uma coletânea de poemas concretos/cinéticos e demais tipos de gêneros para que pudessem vê-los  e perceber que além da forma de versos e estrofes, linhas e parágrafos, há também outras, todas muito criativas, pois mesclam formas e conteúdos.
Então, montei sete grupos, dei a cada um uma pasta contendo a coletânea dos textos acima mencionado e propus a atividade de que, primeiramente, retirassem da mesa objetos e posteriormente os inserissem nos poemas produzidos ( texto literário), mas também criassem para o mesmo um gênero, mas não-literário.
Outra observação é de que ao construi-lo poderiam usar a forma que bem desejassem, não só em versos e estrofes.











Depois de tudo feito, de gastarem ticos e tecos com a atividade, de exercitarem (iguais aos trabalhos em grupo que propomos em sala de aula aos alunos) as opiniões, criatividades, decisões e trabalho, todos os grupos apresentaram o trabalho feito.
Algo que precisamos melhorar é com relação ao cronus e agilidade em fazer as atividades, pois estamos "perdendo" - não achei outra palavra mais adequada e que revelasse minha ideia -tempo no fazer, enquanto  para o momento da apresentação está sobrando pouco, visto que muitas precisam ir embora e não estão participando da apresentação de todos os trabalhos.
Tal situação é negativa, pois de certa forma desvalorizamos os trabalhos alheios, mas espero revertermos tal problemática. 







Adorei o resultado final, não só pelo produto, mas em especial por ver todas se lançando ao ato de aprender a aprender e de aprender a fazer no coletivo, pois por diversas ocasiões nós, enquanto professores, vamos nos distanciando deste fazer, passamo-los aos alunos e ficamos na posição apenas de orientador.
 É bom, produtivo, reflexivo ver-se, como eu disse em outro registro, com a mão no arado, não apenas para segurá-lo ou apoiar-se, mas para direcioná-lo no trabalho que se está fazendo
























   

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Atividade referente à 3º- oficina




PRODUÇÃO TEXTUAL

Conforme relatei na oficina em questão uma das atividades que as professoras cursistas fizeram em dupla foi uma produção de texto, cujo tema proposto foi Família.
O único direcionamento dado foi que fizessem uma narrativa, não especifiquei gênero e também não dei situação de produção.
Não entreguei-lhes situação de produção com o propósito de discutirmos justamente esta prática tão difundida no passado e muitas vezes persistente até os dias atuais, seja por nós professores e/ou presente até nos livros didáticos.
Sendo assim, registro aqui o maravilhoso trabalho feito pelas cursistas. Dentro do possível procurei colocar a figura de onde brotou o texto e o texto em questão.
Vejam-se aqui e vejam o quanto minhas cursistas são criativas.
Lá vai.   
Deliciem-se...