Cada oficina é uma caixinha de surpresa!!! Nesta não poderia ter sido diferente.
Em primeira mão mudamos o horário de início, com o objetivo de iniciar mais cedo e fazer as professoras pularem mais cedo da cama e/ou se adiantarem, visto que muitas dão aula à tarde ou vêm de Douradina e Indápolis, neste percurso já vai-se o tempo, ainda mais se terminamos as 11h30mim.
Para começar a labuta, lemos e dicutimos a mensagem do texto " Quando eu era um calouro da escola, vi um garoto..." - texto sem título e autor-.
Por incrível que pareça, tal texto e o que lemos na 4º- oficina, infelizmente, serviu-nos para conversarmos, pensarmos sobre a tragédia acontecida em Realengo, além de falarmos sobre o bulling e as inúmeras situações - não tão drásticas e limítofres iguais a do Rio- mas significativas e carecedoras de ajuda e atitudes urgentes.
Em primeira mão estas ajudas devem partir de políticas públicas para que de fato vejam a verdadeira realidade em que estão submersas as escolas públicas do Brasil, de leis mais reais, de governantes das três esferas que se comprometam de fato com a Educação e não apenas com falatórios e promessas de palanques e na sequência de atitudes de gestores escolares, professores, coordenadores e demais funcionários das escolas que cooperem nesta luta de todo dia contra todo tipo de violência.
Em primeira mão estas ajudas devem partir de políticas públicas para que de fato vejam a verdadeira realidade em que estão submersas as escolas públicas do Brasil, de leis mais reais, de governantes das três esferas que se comprometam de fato com a Educação e não apenas com falatórios e promessas de palanques e na sequência de atitudes de gestores escolares, professores, coordenadores e demais funcionários das escolas que cooperem nesta luta de todo dia contra todo tipo de violência.
É sempre triste falarmos de feridas que de uma forma ou outra também são de todos que trabalham na Educação: o fato no Rio é isto: ferida que por ora será sarada, mas também que permanecerá aberta e que iremos apenas curando e que dificilmente se fechará se tudo continuar como está nas escolas. Deus queira que não.
Posto isto, entreguei às professoras um texto sobre os passos do projeto, visto que já a partir de então deverão pensar em um tema, elaborá-lo e pô-lo em execução. No momento não surgiram dúvidas quanto a feitura do mesmo, mas sim algumas com relação ao tema a ser abordado.
Dei como sugestão conversarem com a coordenação da escola para que as auxiliem no necessário e, em especial com o professor de Matemática - caso esteja no Gestar da disciplina- para fazerem juntos, criando a interdisciplinaridade.
Além de tal observação propus que analisassem o livro didático, a ementa curricular do ano em que estão aplicando o Gestar, além da ementa do Programa para que fizessem uma ligação e trabalhassem algo que estivesse relacionado com tudo isto com o objetivo de agrupar as atividades.
Neste momento, a maior parte das cursistas já havia chegado, então recolhi os Avançando na Prática e os relatórios, entretanto poucas estavam com ambos em mãos. Muitas tinham feito apenas as atividades, mas não trouxeram os relatos, outras não aplicaram ainda o Avançando.
Diante do quadro, dei-lhes um "puxão de orelha", pois na data de 02.03.11 quando lhes pedi que lessem a TP3 Unidade 9 e 10 disse-lhes que assim que as estudássemos, deveriam aplicar o Avançando, entretanto se perderam um pouco no caminho, mas creio - muitíssimo- que com relação a próxima atividade, estarão mais antenadas.
Diante desta situação não fiz a socialização das experiências com relação a aplicação dos Avançando na Prática, farei em nosso próximo encontro.
Ressaltei que quanto mais se atrasarem com os Avançando e os relatórios, mais se sentirão sufocadas, pois se amontoarão as atividades do Gestar com todas as de todo dia de uma sala de aula ( provas, diários, projetos, planejamentos etc).
Na oficina anterior não deu tempo de falarmos sobre os gêneros literários ( poesia, cordel) e os não-literários, então aproveitamos após o lanche o momento para trabalharmos tal questão.
Como queria enfatizar quais os temas que servem para poesia e para todos os textos literários em contra-ponto com os não literários, nos deleitamos com as poesias:
. Flashes de Poesia, de Mariloinda Rosa Romera Ferraz ( professora da Semed de Dourados, integrante do Departamento de Ensino - minha ajudadora-);
. Matéria de poesia, de Manoel de Barros;
. Convite, de José Paulo Paes;
. Tem tudo a ver, de Elias José e
. Duas dúzias de coisinhas à-toa que deixam a gente feliz, de Otávio Roth.
Após conversarmos sobre o assunto e para concretizar ainda mais a questão, as professoras puderam então, diante de uma mesa preparada com vários objetos pertencentes ao nosso dia-a-dia, escolher dentre os vários o que para elas serviam para poesia e também os que traziam estranhamento e que não usariam em um texto literário, em especial em um poema.
Vejam!
Para diferenciar ainda mais a dinâmica de trabalho, fiz uma coletânea de poemas concretos/cinéticos e demais tipos de gêneros para que pudessem vê-los e perceber que além da forma de versos e estrofes, linhas e parágrafos, há também outras, todas muito criativas, pois mesclam formas e conteúdos.
Então, montei sete grupos, dei a cada um uma pasta contendo a coletânea dos textos acima mencionado e propus a atividade de que, primeiramente, retirassem da mesa objetos e posteriormente os inserissem nos poemas produzidos ( texto literário), mas também criassem para o mesmo um gênero, mas não-literário.
Outra observação é de que ao construi-lo poderiam usar a forma que bem desejassem, não só em versos e estrofes.
Depois de tudo feito, de gastarem ticos e tecos com a atividade, de exercitarem (iguais aos trabalhos em grupo que propomos em sala de aula aos alunos) as opiniões, criatividades, decisões e trabalho, todos os grupos apresentaram o trabalho feito.
Algo que precisamos melhorar é com relação ao cronus e agilidade em fazer as atividades, pois estamos "perdendo" - não achei outra palavra mais adequada e que revelasse minha ideia -tempo no fazer, enquanto para o momento da apresentação está sobrando pouco, visto que muitas precisam ir embora e não estão participando da apresentação de todos os trabalhos.
Tal situação é negativa, pois de certa forma desvalorizamos os trabalhos alheios, mas espero revertermos tal problemática.
Adorei o resultado final, não só pelo produto, mas em especial por ver todas se lançando ao ato de aprender a aprender e de aprender a fazer no coletivo, pois por diversas ocasiões nós, enquanto professores, vamos nos distanciando deste fazer, passamo-los aos alunos e ficamos na posição apenas de orientador.
É bom, produtivo, reflexivo ver-se, como eu disse em outro registro, com a mão no arado, não apenas para segurá-lo ou apoiar-se, mas para direcioná-lo no trabalho que se está fazendo.