sexta-feira, 20 de maio de 2011

6º- Oficina Temática: Tipos Textuais Data: 27.04.2011 Cidade: Dourados Local: CDRH

Como estávamos em final de bimestre, vendo em números o resultado de um bimestre de trabalho, objetivos pensados, uns não alcançados e outros realizados, caiu como uma luva os textos iniciais que lemos e usamos como reflexão.
Os textos "A marca do giz" , de Roger Von Oech, " Professor, diz-me por quê?", de Cecília Meirelles e um outro, sendo apenas um trecho, de Gilberto Dimenstein possibilitaram reflexões sobre os motivos que levam alguns alunos a serem, em especial, a partir do 6º- até o término do Ensino Médio, tão inertes, apáticos, sem interesse e vontade de aprender, dialogar, questionar, interagir, fazer apresentações orais, trabalhar - verdadeiramente em grupo - durante as aulas.
Todos estes pontos de interrogação intensificaram-se mais ainda  porque estávamos em mãos com os resultados não tão satisfatórios de um tempo de trabalho.
Na contra-mão do caminho acima descrito, pensamos na diferença que é quando o aluno está nos anos iniciais, pois geralmente nesta fase tudo para eles é mágico, interessante, criativo, instigador.
Deixo a vocês, que lerem este relato, a mesma pergunta que me faço em quase todas as aulas: por que nossos alunos, em grande maioria, estão em processo de sono e pouco acordam para as aulas????
Se souberem uma resposta, ou um ou o caminho a seguir que mude todo este panorama ou que pelo menos melhore, diga-nos, pois creio ser esta a chave para novos rumos educacionais, mas de uma educação que de fato tenham participantes que sejam críticos, participativos e construtores de conhecimentos.
Seguidamente fizemos a discussão sobre os tipos textuais- sequência tipológica -:
. descrição e narração;
. injuntivo e preditivo;
. dissertativo ( expositivo, argumentativo).
 Não houve muitos questionamentos com relação ao tópico tipo textual, a não ser sobre o injuntivo e o preditivo, mas também nada muito intenso.
Na verdade, a discussão maior estabeleceu-se no fato de estes já nos serem familiares, entretanto hoje aparecem com novas abordagens. Por exemplo, se lermos o livro de Apocalipse da Bíblia poderemos pensar no tipo preditivo, enquanto que os bilhetes enviados pela Secretaria da Escola dirigindo-se aos pais - fazendo uso do vocativo- são exemplos de sequência injuntiva.
Com estávamos dialogando sobre sequências, levei às professoras alguns exemplos de redações pedidas por algumas universidades e faculdades em vestilubares. Com tal material em mãos, percebemos o quanto os exemplares estão totalmente distantes dos estudos e propostas atuais que giram em torno de se produzir um gênero específico e sempre a partir de uma situação de produção - situação sociocomunicativa - .
Diante desse quadro, a reflexão que fazemos é que ainda há muito a se construir, a colocar em prática, mas especialmente a estudar. 
Tínhamos mais proposta de trabalho para a oficina, se tratava da Unidade 12 e devidas seções, entretanto, a grande maioria das professoras estavam atarefadíssimas com término de bimestre: conselho de classe, correções de avaliações bimestrais, fechamento de notas e diários de classe para fazer. Por tais motivos, diante de tal carga de trabalho, não leram a unidade mencionada, sendo assim, achei por bem fazermos o estudo e atividades referentes a ela na próxima oficina, caso contrário não haveria socialização, só um caminho de mão única feito por mim em direção às cursitas.
Finalizando, algumas professoras fizeram socialização do Avançando na Prática, referente às Unidades 9 e 10, aplicado nas devidas turmas. 
Sílvia fez a apresentação, muito criativa e plástica, diga-se de passagem, do cartaz contendo a atividade retratando o que os alunos viam em seus colegas de qualidades e defeitos , após a leitura e discussão sobre o texto que contava a história de Chuck. Patrícia na mesma proposta disse que os alunos se "entregaram" nos adjetivos, Eliane também foi bem feliz na atividade proposta, além desta fez outra relacionada a projetos já desenvolvidos na escola em que leciona  e Aulenita que aplica a atividade em uma sala de 4º- ano não teve dificuldades, pois todos os alunos sabem ler e escrever com propriedade, então sairam-se bem. 
Angela estava um pouco aflita, pois poucos alunos participaram da atividade do Avançando na Prática; registro que a realidade da turma da professora é bem distinta, visto que leciona em escola indígema.
Patrícia, através da atividade, conseguiu refletir muito bem sobre o quanto o professor de todos os anos precisa estar atentos à realidade de cada aluno, vendo-o como um ser humana completo e que precisa ser "enchergado" para então ser aceito e entendido. Com a atividade aplicada, teve a chance de ver em um aluno, em especial, um adolescente que carece de ajuda e que talvez, por não ter, se rebela.
Com os relatos orais, o objetivo da troca de experiências se cumpriu, qual seja: o de ver como cada professora propos a atividade e de como conseguiu refletir sobre a prática e postura enquanto profissional da área, no relato reflexivo.
Neste momento, algumas professoras perceberam que precisam avançar nos registros a fim de melhorá-los para não ficarem apenas com um relato descritivo.










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